quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Relato do Nascimento do Gustavo (08/12/14)

Nasceu o Gustavo!!!! =D

A Fran Lenser frequentou o GestaCascavel desde o começo da gestação. Leu, se informou, aprendeu... até descobriu que algumas dificuldades que ela trazia consigo poderiam atrapalhar o seu parto. E foi buscar soluções, não se acomodou. Estava pronta, liberada, sem medos ou traumas.

Depois de um fim de semana muito agitado dentro da barriga, com exatas 40 semanas de gestação, o Gustavo deu sinais de que queria nascer. A Fran me ligou de manhãzinha, conversamos, ela estava com contrações irregulares ainda, e combinamos que ela iria tomar café da manhã, ia pro chuveiro, e quando precisasse de mim iria me chamar.

Quando as contrações ritmaram nos encontramos no hospital, a Honielly também chegou e fez um toque: 4 centímetros, colo fino. A Fran estava super tranquila, forte, à vontade. O marido Evandro Krefta super presente, com toda a paciência e bom humor.

As contrações foram aumentando devagar... começaram a durar mais, ficar mais próximas, e já arrancavam alguns “ais” da Fran. Ela dançou, ganhou beijinhos do marido, ouviu o corpo, foi pro chuveiro, comeu, esperou, se entregou...  Ao meio dia o Dr. Juliano fez um novo toque: 6 cm.

Conversamos, e eu lembrei ela que ela estava tendo contrações com intensidade compatível a 6 cm. Pra chegar aos 8 cm, ela sentiria contrações com mais intensidade, compatíveis com 8 cm... Quando as contrações apertavam, ela ia pro chuveiro, e elas acalmavam um pouco. Depois de descansar um pouco, ela saia, se movimentavam, ganhava massagem, ouvia música...

Novo toque às 14h: 8 cm. O Dr. Juliano calculou mais umas 4 horas de trabalho de parto. E o corpo da Fran foi pedindo descanso. Ela sentia sono, entre as contrações bocejava. Abaixamos as luzes, ela deitou de lado, e descansou. As contrações deram uma trégua, vinham a cada 4 ou 5 minutos, e ela aproveitava os intervalos pra dormir. De repente, elas voltaram a ficar intensas. Tão intensas que levaram a Fran pra partolândia. Ela ficava com os olhos fechados,  dizia que não estava conseguindo, que a dor estava muito forte, e já não sabia se ia dar conta. Pediu analgesia (nessa hora, ela ficou BRAVA comigo, porque eu falei que ela podia ir pro chuveiro, que ia ajudar, e que ela não precisaria da analgesia! Pensa numa cara de brava!!).



A Honielly perguntou se poderia fazer um toque, porque as contrações tinham acelerado mais e ela suspeitou que a dilatação já estava avançada. Batata. Ela estava com a dilatação quase completa!! 9 para 10 cm. (tava explicado taaaanta dor, né, Fran???) A Fran abriu um sorriso, como há algum tempo já não dava, e tomou nova coragem pra continuar. Foi pro chuveiro, que é a melhor analgesia. Lá descansou novamente, curtiu a água quente, relaxou, e lá mesmo começaram os puxos. Depois disso, tudo aconteceu muito rápido.

Voltamos para o quarto, ela ficou um pouco em pé apoiada na cama, e resolveu sentar na banqueta de parto. O Evandro atrás dela apoiando, ela completamente concentrada, de olhos fechados, e tocando as músicas que ela escolheu pro nascimento. A Honi e o Dr. Juliano estavam tranquilos ajeitando os materiais, quando veio uma contraçãozona, e o Gustavo coroou! “Honi, pega a luva!”. Na próxima contração veio a cabeça, e na seguinte veio o corpinho! Ele nasceu às 17:45h, pesou 3.350g e mediu 51cm. Claro que o papai chorou, e os dindos babões (que estavam do lado de fora acompanhando tudo) também! =D



Ao todo, acho que ela não teve nem 20 contrações com puxos. Foi um expulsivo muito rápido, mas apesar disso ela teve uma laceração beeeeem pequenininha. Só 3 pontinhos, e beleza. O Gustavo ficou no colo dela o tempo todo, o pediatra não tirou nem pra avaliar. A Fran amamentou o Gu, colocou fraldinha nele, depois jantou e foi tomar banho (sozinha!). Nem parecia que tinha acabado de ter um bebê. Estava plena, feliz, radiante!



As visitas já foram chegando em seguida, e ela já estava toda cheirosa na poltrona dando mamá pro Gustavo de novo. Como se nada tivesse acontecido! =D



Fran e Evandro... vocês sabem o quanto a chegada do Gustavo transformou a vida de vocês!!! E eu fico imensamente feliz por poder ter participado um pouquinho desse momento!! Obrigada pela confiança... e obrigada por me permitirem estar com vocês!!! =D



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Relato do Parto da Gabriela (07/12/14) - escrito por ela

"Costumo dizer que meu trabalho de parto começou há cerca de quatro anos quando conheci a Ciência do Início da Vida, uma pesquisa profunda sobre a concepção consciente desenvolvida pela Médica Psiquiatra Eleanor Madruga Luzes. Ali descobri um mundo de informações poderosas sobre as consequências físicas e emocionais do parto e decidi que me prepararia para um parto natural. Ah!!! e nessa altura ainda nem conhecia o pai da criança, que só entrou na minha vida anos depois.

Iniciei assim minha jornada de curas pessoais e a descoberta de traumas que eu carregava desde meu nascimento, sendo que o ponto alto do processo aconteceu dias antes da chegada do Arthur. 
Tudo corria muito bem durante a gestação, desde os quatro meses eu já sentia as contrações de treinamento e assim chegamos na 42ª semana de gravidez. No limite da espera recebi a opção de induzir o parto através de um procedimento em que seria implantada uma sonda para uma estimulação mecânica do meu colo uterino; Horas antes do procedimento, que me assustava um pouco, resolvi saber o sentido biológico do meu colo do útero não responder aos sinais que a gestação induz, descobri então que o colo do útero, segundo a medicina germânica, é um dos órgãos, que armazena informações de vínculo afetivo, frustações e decepções amorosas. Portanto, o melhor estímulo e comando biológico positivo é a relação sexual... Bastou a informação para que eu cancelasse a indução e conversasse com meu marido Rodrigo, rumo ao consultório. 

Informamos o médico e marcamos a cesariana dentro de dois dias. No regresso para casa, mais uma longa conversa e, como casal, decidimos retomar o namoro e a entrega sincera um para outro, então comprometidos nos últimos meses de gestação pelo desconforto de todas as mudanças impostas pela gravidez; Tudo isso aconteceu na noite de sexta-feira, dia 05/12 e na madrugada de sábado para domingo, às 3 da manhã minha bolsa se rompeu e iniciei o trabalho de parto. 

Antes disso, ainda na manhã de sábado, dia 06/12, foi dado outro passo importante para minha total liberação para o parto natural, recebi um telefonema da minha mãe dizendo que havia lido numa reportagem várias orientações para a mulher evoluir bem num parto natural e uma das dicas era fazer amor. Naquele momento senti as bênçãos dela, como se dissesse, “filha apesar do meu medo, do trauma que passei no seu parto (fórceps) e do risco de quase morrer e perder você naquele momento, a mãe abençoa e confia que você pode”; Chorei muito e senti que eu finalmente era capaz e estava pronta para ajudar nosso pequeno vir ao mundo. 

Da madrugada de domingo, 07/12, as contrações ainda me deixaram dormir até as nove da manhã e às 13 horas comecei a sentir a dor mais intensa e pedi para o Rodrigo chamar a equipe do parto domiciliar. Como já havia ensaiado algumas vezes entrar em trabalho de parto, o maridão me convenceu a esperar as contrações ritmarem. 

Às 14 horas pedi “arrego” e implorei pela equipe, em nosso quarto junto com o Rodrigo, chamei por Deus e Jesus algumas vezes e sentia a proteção espiritual o tempo todo; Resolvi ir para sala na companhia de minha mãe e da amiga Aline Chitto que registrava todo o processo. 

Ao ouvir a voz da querida Honielly, nossa enfermeira obstetra, senti a contração mais forte até então e percebi que estava apenas aguardando sua chegada e a segurança da sua presença para evoluir e receber o Arthur. Sua assistente naquele dia, a também enfermeira Dedé Luz, chegou até mim na cama e tive uma contração tão forte que pedi para levantar, quase fui ao chão, a Hony perguntou, “o que foi isso?” Eu respondi meio desesperada, “Hony senti um puxo!” Ouvi ela dizer “ei papai, ela tá merecendo um toque”, já passava das três da tarde e eu estava com 9,5 cm de dilação... nem acreditei... a Hony também ficou surpresa. 

Começou então uma correria para deixar tudo certo, a amiga Sarah Valente também nos apoiava e ajudava a colocar mais água quente na piscina que estava na sala de casa. Durante toda a gravidez sonhei com água, querendo estar na água doce e salgada, mas não imaginava um parto na água; Naquela altura tinha dúvidas se queria ir ou não para a banheira porque sentia que se entrasse não conseguiria mais sair, foi então que meu marido me lembrou dos sonhos e me convenceu.

Na piscina sentia medo da água quente baixar minha pressão e eu perder as forças, queria toalha de água gelada na cabeça e na nuca, o que me aliviava muito. Não achava posição, tinha medo do bebê cair no chão (hehehe) e quando não esperava mais ter a presença da minha doula no parto (em viagem fora da cidade) ela me surpreende e chega em casa por volta das 17 horas. Grata Surpresa! 

A querida Marieli assumiu o comando do rebozo, tecido usado naquela hora para que eu me apoiasse e fizesse força. Então as contrações tomaram conta do meu corpo e sentidos, a força da natureza se apresentou como nunca, eu pouco controlava algo, apenas me deixava levar pela força da contração que me tirava a consciência e me levava para um lugar onde o que importava era apenas acompanhar meu corpo, sábio e cuidadoso. 

Era como se meu útero soubesse meu limite, eu até queria continuar a força em cada puxo, mas era controlada pelo corpo que parecia dizer, “calma, já foi o suficiente, se recupere para a próxima”, eu respirava fundo e quando a contração chegava eu pedia o rebozo e dizia, “vamos lá, vem mais uma!”, sentia ali uma força, a certeza de que agora vai, não tem volta, está acontecendo... Foi então que alguém disse, “está sentindo o círculo de fogo”, eu disse, “O que? O que é isso?”, não bastasse aquela dor ainda tinha um círculo de fogo! Já chorei de rir lembrando disso; Então me explicaram que é a ardência na vagina quando o bebê está passando a cabecinha... hummmm, explicado e tudo bem se ainda tinha isso, vamos lá né, quem disse que seria fácil? 

A certa altura eu já em outro mundo perguntei, “Mas que horas vou sentir o tal negócio do sol?” A equipe, “ do sol?” ela deve estar falando do círculo de fogo... (hahahaha), imagina só; A partir de então eu precisava muito saber se estava indo bem e meu marido percebeu, mudou de posição junto a banheira e pôde ver tudo de frente e então começou a me conduzir dizendo que estava vendo coroar, o cabelinho, a cabecinha e me fortalecia a cada contração; Foi decisivo receber essa força! 

Para minha surpresa o tal círculo de fogo foi a melhor hora do parto... ardeu, doeu, mas foi a melhor de todas as dores! Eu consegui! Nós conseguimos... então recebi a instrução de não fazer mais força, a contração viria a o corpo saberia o que fazer... doce ilusão... nosso príncipe, com seus 4 kg e 55 centímetros, ao iniciar a saída do corpo era tão comprido que eu senti que precisava ajudar fazendo minha última grande força... e ele nasceu, às 18h05 do domingo (07/12/14)! Foi amparado pelo papai... o primeiro a segurá-lo. Das mãos dele para meu colo, num choro mais que forte e contínuo. 




Eu olhei para o pai, para as amigas e profissionais que nos acompanhavam... foi a realização do sonho de uma vida inteira. Nove meses de convivência e o primeiro encontro olho no olho! Quanta realização! Assim o Arthur foi bem vindo e recebido em seu lar, sem nenhuma intervenção, com os pais mais unidos que nunca. Um milagre que devemos a criação divina e a todos os seres espirituais que nos ampararam. 

Depois disso a mamãe passou por um procedimento cirúrgico no hospital para a retirada da placenta, que era 3 vezes maior que o tamanho normal e estava presa no útero... uma outra história que tem seus significados e com certeza será contada em breve. Nossa gratidão também ao médico Juliano Stiegemeier que nos atendeu em pleno domingo e respeitou todo nosso processo de escolha e convicção. 

Hoje estamos em casa comemorando o nascimento do nosso príncipe Arthur, um vitorioso e abençoado bebê! 

Grande beijo a todos... em especial a minha generosa mãe, avós, bisavós e todas as mulheres do meu sistema familiar que com certeza comemoram conosco essa conquista!"

No hospital, após a retirada da placenta